Münchener Post - França teme escassez de pílulas abortivas em meio à batalha judicial nos EUA

München - 6°C

NAS NOTíCIAS

França teme escassez de pílulas abortivas em meio à batalha judicial nos EUA
França teme escassez de pílulas abortivas em meio à batalha judicial nos EUA / foto: Elisa WELLS - PLAN C/AFP/Arquivos

França teme escassez de pílulas abortivas em meio à batalha judicial nos EUA

A França poderia ter escassez de fornecimento de pílulas abortivas em meio à batalha judicial destes medicamentos nos Estados Unidos, alertou a autoridade nacional sobre igualdade de gêneros.

Tamanho do texto:

Cerca de 70% das interrupções da gravidez na França são provocadas por remédios abortivos. As mulheres tomam uma dose de mifepristona e, entre 36 a 48 horas depois, uma dose de misoprostol para expulsar o embrião.

A maioria dos tratamentos para aborto no país vem de laboratórios da capital americana.

Nos Estados Unidos, as "reservas estão sendo construídas para aliviar uma possível interrupção da produção ou comercialização da mifepristona e do misoprostol", alertou o Conselho Superior para a Igualdade de Mulheres e Homens (HCE) na terça-feira (18).

Esta situação poderia provocar a falta do medicamento, alertou o órgão.

A Suprema Corte dos Estados Unidos deve se pronunciar nesta quarta-feira sobre o uso da mifepristona, que está no centro de um quebra-cabeça jurídico desde que um juiz gerou confusão ao querer suspender sua validade.

O caso faz parte de uma campanha mais ampla dos conservadores contra o direito ao aborto, desde que a Suprema Corte anulou o histórico Roe v. Wade, que consagrou o direito constitucional ao aborto por meio século.

Na França, o Observatório para a Transparência das Políticas de Medicamentos (OTMeds) avisou há algumas semanas que o misoprostol era difícil - ou quase impossível - de ser encontrado nas farmácias de várias cidades e regiões, inclusive Paris.

O acesso ao remédio é "possível em qualquer lugar", disse nesta quarta-feira o ministro francês da Saúde, François Braun, para acalmar a situação. Houve "tensão" mas não "escassez", apontou.

A.Gmeiner--MP