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Copom corta Selic em meio ponto percentual, a 12,75%
Copom corta Selic em meio ponto percentual, a 12,75% / foto: PEDRO LADEIRA - AFP/Arquivos

Copom corta Selic em meio ponto percentual, a 12,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) reduziu, nesta quarta-feira (20), sua taxa básica de juros, a Selic, em meio ponto percentual, a 12,75%, em linha com a flexibilização monetária reivindicada pelo governo e esperada pelo mercado.

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O Copom considerou que houve uma "evolução do processo de desinflação", ao aplicar o segundo corte consecutivo de meio ponto percentual da Selic em menos de dois meses, segundo um comunicado da entidade no encerramento de uma reunião de dois dias.

O órgão encerrou o congelamento da taxa Selic em agosto, que havia sido mantida em 13,75% por um ano, reduzindo-a também em 0,5 ponto percentual e iniciando um ciclo gradual de flexibilização monetária.

O BCB planeja continuar com reduções "da mesma magnitude" nas próximas reuniões de novembro e dezembro, ao considerar este ritmo apropriado, afirmou o órgão no comunicado.

A decisão de dar sequência aos cortes é bem vista pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desde que iniciou seu terceiro mandato em janeiro tem repetidamente defendido taxas de juros mais baixas para tornar o crédito mais acessível e estimular o consumo e o investimento.

Com uma Selic elevada, os juros cobrados em empréstimos, financiamentos e cartões de crédito aumentam, o que desestimula o consumo e o investimento. Isso alivia a pressão sobre os preços de bens e serviços, mas também desacelera a economia, o que vai contra os objetivos do governo.

A economia perdeu força no segundo trimestre, com um crescimento de 0,9% em relação ao primeiro trimestre, mas continuou crescendo pelo oitavo trimestre consecutivo, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação em doze meses diminuiu em junho, mas aumentou em julho e agosto, atingindo 4,61% em doze meses.

"Estamos colhendo os frutos da política monetária que derrubou a inflação", disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no domingo, embora tenha reconhecido que a alta de preços deve encerrar o ano "em torno de 5%", acima da meta do BCB de 3,25% (cerca de 1,5 ponto percentual).

S.Kraus--MP