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Trump diz que México 'não vai vender um único' carro nos EUA caso seja eleito
Trump diz que México 'não vai vender um único' carro nos EUA caso seja eleito / foto: KAMIL KRZACZYNSKI - AFP

Trump diz que México 'não vai vender um único' carro nos EUA caso seja eleito

Donald Trump afirmou, nesta terça-feira (15), que o México "não vai vender um único carro nos Estados Unidos" caso ele seja eleito, pois planeja impor tarifas "terríveis" para "trazer de volta" as empresas ao país.

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"Eu diria que o México é um desafio tremendo para nós neste momento, tremendo", afirmou o candidato republicano à Casa Branca em uma entrevista no Clube Econômico de Chicago.

"A China está construindo enormes fábricas de automóveis no México" e "vão vendê-los nos Estados Unidos" porque, por estarem perto da fronteira, têm "todas as vantagens e nenhuma das desvantagens", reclamou.

"E isso vai ser o fim de Michigan. Vai ser o fim da, francamente, Carolina do Sul, vai ser o fim de tudo", acrescentou o republicano, em um de seus habituais prognósticos sombrios.

Trump garantiu que, se ganhar as eleições presidenciais em 5 de novembro, os mexicanos "não vão vender um único carro nos Estados Unidos".

O magnata de 78 anos, empatado com sua rival democrata Kamala Harris nas pesquisas, ameaça impor tarifas de 100%, 200% e até mais, convencido de que isso se traduzirá na construção de "milhares" de empresas no país.

"Quanto mais alta a tarifa, mais provável é que venham para os Estados Unidos e construam uma fábrica (...) para não ter que pagar a tarifa", opinou.

Segundo ele, o efeito será "maciço", mas "positivo", e nega que a medida vá impactar o bolso do consumidor.

Diversos economistas, no entanto, opinam que seus planos econômicos aumentarão a dívida e a inflação.

Trump, que afirma ser "muito bom em matemática", discorda: "Há outra teoria que diz que se as tarifas forem tão altas, tão terríveis, tão odiosas, (as empresas) virão imediatamente".

Ele não vê apenas o México como uma ameaça, mas também outros países, incluindo aliados que, segundo ele, comercialmente falando, "se aproveitaram" dos Estados Unidos mais do que os "inimigos".

A.Gmeiner--MP