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Cultura, gastronomia e esporte, novas apostas da América Latina na feira de turismo de Londres
Cultura, gastronomia e esporte, novas apostas da América Latina na feira de turismo de Londres / foto: MAURO PIMENTEL - AFP/Arquivos

Cultura, gastronomia e esporte, novas apostas da América Latina na feira de turismo de Londres

A feira de turismo de Londres, World Travel Market, que termina nesta quinta-feira (7), reuniu diferentes escritórios latino-americanos do setor, que apostam em um turismo diversificado, em busca de um número de visitantes semelhante ao período anterior à pandemia de covid-19.

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"Estamos todos neste esforço para retornar os números pré-pandemia" de 2020, declarou à AFP o diretor do setor de turismo do Peru (PromPerú) em Londres, Ricardo Romero.

Mas segundo o dirigente, "o perfil do turista mudou após a pandemia e exige lugares mais abertos, em contato com a população, conhecendo diferentes lugares na mesma viagem, desfrutando da gastronomia e do artesanato".

O Peru recebeu um total de 4,4 milhões de visitantes em 2019, caindo para 2,5 milhões em 2023. Os números para 2024 ainda não são conhecidos.

O Brasil registrou, por sua vez, quase 6 milhões de turistas no ano passado, um número que deve ser semelhante em 2024 e que é 62% maior do que em 2022.

"Queremos promover em Londres alguns de nossos seguimentos estratégicos como o ecoturismo, em locais como a Amazônia e o Pantanal, como um produto safári", explicou o diretor de marketing da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Bruno Reis.

- Turismo diversificado -

Nesta aposta, Cuba, que teve 4,3 milhões de visitantes em 2019, em comparação aos 2,7 milhões de 2023, também quer explorar um turismo diversificado, sobretudo com os seus 900 quilômetros de áreas costeiras e os "nove sítios declarados Patrimônio Cultural da Humanidade e 17 manifestações culturais Patrimônio da Humanidade", afirmou a diretora-geral de marketing do Ministério de Turismo da ilha, Pilar Álvarez Azze.

No Brasil, Reis visa promover "a observação de animais, com espécies de pássaros e outros animais que só existem no Brasil", diversificando a sua oferta e saindo do roteiro convencional das praias ou do carnaval.

Já o México, que registrou 45 milhões de visitantes em 2019 e 39 milhões em 2023,aposta nas "novas experiências tanto com o turismo esportivo como o sustentável", segundo sua secretária de Turismo, Josefina Rodríguez Zamora.

A proximidade da Copa do Mundo de 2026 [que o México organizará com Canadá e Estados Unidos], também "é muito importante", diz ela, afirmando que o setor já está trabalhando com a Fifa em torno das questões relativas ao setor.

Para todos estes países, o turismo é bastante significativo ao nível econômico.

"O setor de turismo representa 8% do PIB. É totalmente importante para nós", afirma o diretor de marketing da Embratur.

Enquanto isso, em Cuba, este segmento "é bom para a economia porque gera toda a renda de que precisamos para reinvestir na indústria (...) É importante porque quando você constrói um novo hotel ou quando está em uma área turística, dá emprego às pessoas", corrobora Azze.

A.Schneider--MP