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UE registrou em 2024 o menor número de entradas irregulares desde 2021
UE registrou em 2024 o menor número de entradas irregulares desde 2021 / foto: Bernard Barron - AFP/Arquivos

UE registrou em 2024 o menor número de entradas irregulares desde 2021

O número registrado de entradas irregulares na União Europeia caiu em 2024 para o nível mais baixo desde 2021, informou a agência de fronteiras do bloco, Frontex, nesta terça-feira (14).

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A Frontex disse em um comunicado que os dados preliminares do ano passado revelaram “uma queda significativa de 38%” em tais entradas.

A agência sediada em Varsóvia, que publica regularmente estatísticas sobre entradas irregulares na UE, disse que os números atuais marcam “o nível mais baixo desde 2021, quando a migração ainda era afetada pela pandemia de covid”.

A primeira-ministra de extrema direita da Itália, Giorgia Meloni, comemorou a redução das entradas irregulares, em um momento em que os partidos anti-imigração ganham cada vez mais força na União Europeia.

"É um resultado da ação da Itália, assim como a redução global das entradas irregulares na União Europeia, também por outras vias (...) é o resultado do árduo trabalho que nosso governo tem realizado nos últimos anos", disse ela.

A Frontex disse que o declínio nos requerentes de asilo sem documentos foi impulsionado principalmente por uma queda nas chegadas pelas rotas do Mediterrâneo Central e dos Bálcãs Ocidentais.

“Apesar da contínua pressão migratória, a cooperação intensificada da UE e de seus parceiros contra as redes de contrabando reduziu significativamente as travessias nas fronteiras externas da Europa”, disse a Frontex.

A maior queda foi registrada na rota através dos Bálcãs Ocidentais, uma queda de 78% que a Frontex atribuiu aos “fortes esforços dos países da região para conter o fluxo”.

As entradas irregulares detectadas através do Mediterrâneo Central caíram 59% devido a “menos partidas da Tunísia e da Líbia”, disse a agência.

Apesar dessa redução, a rota ainda foi responsável por cerca de 67.000 travessias, a segunda maior entre todas as rotas, depois do Mediterrâneo Oriental, acrescentou.

"Todas as medidas aplicadas tanto pelas instituições europeias quanto, em particular, pela agência Frontex, cujos recursos aumentaram consideravelmente nos últimos anos, produziram seus efeitos", afirmou o especialista em migração Yves Pascouau.

"Mas a que custo? Entre os chamados migrantes 'ilegais', há muitos solicitantes de asilo", alertou.

A.Schneider--MP