Desemprego no Brasil ficou em 6,6% em 2024, o menor nível registrado
O desemprego no Brasil se manteve relativamente estável, em 6,2%, no último trimestre de 2024, reduzindo a taxa média anual a 6,6%, a mais baixa alcançada, segundo números oficiais publicados nesta sexta-feira (31).
O indicador trimestral se manteve "estável" em comparação com o período de julho a setembro (6,4%), e caiu 1,2 ponto percentual comparado com a medição de outubro a dezembro de 2023 (7,4%), informou em nota o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Já a taxa média anual em 2024 ficou em 6,6%, queda de 1,2 ponto percentual em relação ao ano anterior (7,8%) e o menor nível desde que esse índice começou a ser calculado em trimestres móveis, em 2012.
Esses resultados "indicaram a manutenção da trajetória de crescimento" do mercado de trabalho, que desde 2022 vinha respondendo a uma recuperação após a pandemia, disse Adriana Beringuy, analista do IBGE.
A maior economia da América Latina registra 6,8 milhões de desempregados, número sem variações em relação ao trimestre anterior.
Já a população economicamente ativa atingiu novo recorde, com 103,3 milhões de pessoas, alta de 0,8% no trimestre e de 2,6% em relação a 2023 (2,6 milhões de pessoas).
As novas vagas foram criadas em setores que tradicionalmente oferecem emprego formal, como indústria e serviços empresariais, além da construção, transporte e logística, que frequentemente empregam trabalhadores informais, disse a especialista.
O emprego informal permaneceu estável no trimestre, com uma taxa de 38,6% do total de trabalhadores ativos, ou seja, cerca de 40 milhões de trabalhadores.
O baixo desemprego é uma boa notícia para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrenta preocupações dos investidores sobre o déficit fiscal e a inflação do país.
Menos de dois anos após seu terceiro mandato, a popularidade do líder de esquerda caiu para 47%, segundo uma pesquisa da empresa Quaest publicada esta semana.
D.Johannsen--MP