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Itália volta a apostar na Eurocopa para curar trauma após ficar fora da Copa de 2022
Itália volta a apostar na Eurocopa para curar trauma após ficar fora da Copa de 2022 / foto: Alberto PIZZOLI - AFP

Itália volta a apostar na Eurocopa para curar trauma após ficar fora da Copa de 2022

Ainda marcada pelas ausências nos Mundiais de 2018 e 2022, a Itália volta à Eurocopa como atual campeã, três anos depois de erguer o troféu em Wembley, com as mesmas dúvidas que tinha na época sobre o nível do seu elenco e com a falta de um artilheiro de renome.

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Assim como em 2021, a 'Nazionale' iniciou a preparação para a Euro-2024 que será disputada na Alemanha (de 14 de junho a 14 de julho) com um amistoso em Bolonha, desta vez um empate sem gols contra a Turquia, na terça-feira.

Não é o único ponto em comum nas duas campanhas da Itália rumo à Eurocopa.

Assim como Roberto Mancini, a quem sucedeu em agosto, Luciano Spalletti herda uma equipe traumatizada pelo fracasso nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 no Catar, como havia acontecido quatro anos antes para o Mundial da Rússia-2018.

O ex-técnico do Napoli também lida com a falta de eficiência ofensiva de sua equipe, que tem como artilheiro o meio-campista da Inter de Milão, Nicolo Barella, autor de nove gols em 53 jogos da seleção 'Azzurra'.

A fragilidade ofensiva da Itália explica em parte a difícil classificação, em que terminou em segundo lugar, seis pontos atrás da Inglaterra e com os mesmos pontos da Ucrânia, a quem superou graças a um melhor saldo de gols.

- Acerbi e Scalvini, os desfalques -

Soma-se a isso sua fragilidade defensiva, aliada às lesões de última hora de Francesco Acerbi (Inter de Milão) e Giorgio Scalvini (Atalanta), pouco antes de partirem rumo ao centro de treinamento de Coverciano.

Até o goleiro Gianluigi Donnarumma, eleito melhor jogador da última Eurocopa, parece em crise, com problemas principalmente quando precisa se impor nas bolas aéreas, faceta em que também acumula erros pelo PSG.

Tudo parece preocupante antes de estrear em um grupo B de alto nível; jogando contra a Albânia no dia 15 de junho, a Espanha no dia 20 e a Croácia no dia 24.

Mas Spalletti não ficou de braços cruzados. No seu grupo de 29 jogadores, que será reduzido para 26 na quinta-feira, estão apenas oito do elenco que conquistou a Euro em 2021, ao vencer nos pênaltis a Inglaterra (1-1 nos 120 minutos e 3 a 2 nas penalidades).

A sólida zaga formada por Giorgio Chiellini e Leonardo Bonucci, crucial no título, não está mais presente, assim como Marco Verratti, Ciro Immobile e Leonardo Spinazzola, fora da seleção devido ao desempenho abaixo do esperado.

- 'No caminho certo' -

"Tenho uma ótima sensação. Estamos no caminho certo", disse Spalletti antes do jogo contra a Turquia.

Desde que chegou, o treinador insistiu na necessidade de seus jogadores atuarem de forma exemplar e terem orgulho de vestir a camisa 'azzurra'.

Nessa linha, impôs regras rígidas, proibindo, entre outras coisas, longas sessões noturnas de jogos de videogame em concentrações.

Em campo ditou seis princípios para a sua 'Nazionale', incluindo "pressão contínua" e "controle de jogo", repetidos em cada uma de suas aparições públicas e impressos nos vestiários.

Para consolidar o espírito de grupo, Spalletti convocou esta semana em Coverciano 'cinco fantásticos' do futebol italiano: os atacantes Giancarlo Antognoni, Roberto Baggio, Alessandro Del Piero, Gianni Rivera e Francesco Totti, que juntos somam 84 gols.

"Temos que mostrar a que altura eles levaram esta camisa, a altura do seu amor pela nossa história e pelas nossas cores", afirmou o treinador.

C.Maier--MP