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Sem Neymar, mas com Vini voando, Brasil busca a glória na Copa América
Sem Neymar, mas com Vini voando, Brasil busca a glória na Copa América / foto: Omar Vega - GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

Sem Neymar, mas com Vini voando, Brasil busca a glória na Copa América

Sem seu melhor jogador dos últimos anos, o lesionado Neymar, mas com Vinícius Júnior em ascensão na corrida pela Bola de Ouro, o Brasil busca conquistar a Copa América dos Estados Unidos para esquecer as últimas decepções.

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Este é um raio-X da Seleção Brasileira de Dorival Júnior que buscará o décimo título, o primeiro desde 2019, do torneio de seleções mais antigo do mundo, que será disputado de 20 de junho a 14 de julho.

- Sem Neymar -

Embora suas constantes polêmicas o tenham transformado em uma figura de amor e ódio, Neymar deu tempero a uma seleção que nos últimos anos se mostrou insossa e sofreu vários reveses retumbantes.

Sua influência em campo tem sido tão marcante que chegou a se falar de uma 'Neymardependência', uma 'doença' que Dorival Júnior se propôs a curar.

"O Brasil tem que aprender a jogar sem Neymar", disse o técnico ao assumir o cargo, em janeiro.

Em solo americano todos saberão se a Seleção estará 'curada', já que o agora jogador do saudita Al-Hilal estará ausente devido a uma grave lesão no joelho sofrida em outubro.

Um dos grandes desafios de Dorival Júnior é encontrar alguém que preencha a ausência criativa e goleadora do camisa 10 de 32 anos.

"É muito ruim ficar de fora, mas vou torcer por eles. Espero que o Brasil consiga vencer, eles têm um time para isso, jogadores de muita qualidade”, disse 'Ney' no início do mês.

- Vini, o nome da esperança -

Ainda não está muito claro se Vini Jr. poderá assumir o peso de liderar a Seleção, e menos ainda em momentos de crise após um ano de 2023 para ser esquecido.

Mas o atacante do Real Madrid, que ainda está se consolidando no time canarinho (29 jogos, 19 como titular, e três gols), chega aos Estados Unidos como sério candidato à Bola de Ouro depois de vencer e ser eleito o melhor jogador na Liga dos Campeões da Europa.

Ele seria o primeiro brasileiro a conquistar o prêmio da revista France Football desde que Kaká, em 2007, e um verdadeiro impulso para a atual geração de jogadores.

Vini pode ser uma referência ofensiva, ao lado de seu companheiro madridista Rodrygo e da joia Endrick, de 17 anos, que promete dar o que falar em sua estreia no time 'merengue' na próxima temporada.

"Dorival, não pense duas vezes na formação do ataque: Rodrygo, Endrick e Vinícius Jr. Estamos loucos para ver como funcionariam os três como titulares", escreveu o comentarista esportivo e ex-jogador Walter Casagrande no portal UOL.

- Estreia oficial de Dorival -

Com cinco meses no cargo, Dorival Júnior, de 62 anos, fará sua estreia oficial como técnico da Seleção Brasileira.

Ele já deu uma primeira ideia de como será sua equipe: vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra e empate com a Espanha (3-3) nos amistosos de março, e a vitória sobre o México (3-2) no último sábado, em outro jogo preparatório.

Os resultados deram fôlego a uma seleção que, antes de sua chegada, havia sofrido três derrotas seguidas e está à beira da repescagem das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

"Ele tem um olho para esses talentos se juntarem e jogarem bem que é único. Torço muito por ele e toda comissão. Vamos ver se recuperamos o brilho", disse recentemente ao portal Globo Esporte o ex-lateral Filipe Luís, que foi dirigido por Dorival no Flamengo.

- Pouca rodagem -

Defendendo uma seleção "equilibrada" que volte a atrair a atenção dos brasileiros, Dorival optou por renovar a equipe com o objetivo final de conquistar o hexacampeonato mundial.

"Teremos um campeonato difícil e muito disputado. Para mim, é uma preparação para qualquer competição mais forte. Não tenho dúvidas de que vamos fazer de tudo para estar no jogo final", disse ao revelar a lista definitiva em maio.

Dos 26 convocados, 15 não participaram da Copa do Mundo do Catar de 2022 e 13 disputaram cinco ou menos partidas internacionais. Ele não convocou o capitão Casemiro nem centroavantes experientes como Gabriel Jesus e Richarlison.

Apostou em vários jovens com boa presença na Europa, mas com pouca experiência pela Seleção: os zagueiros Yan Couto, Lucas Beraldo, o meio-campista João Gomes e o atacante Savinho.

"É realmente um momento de transição para nós", disse o goleiro Alisson, de 31 anos, um dos líderes do elenco. "É um grupo jovem, de qualidade e depende de nós".

E.Schmitt--MP