WADA lamenta relações 'muito difíceis' com agência antidoping dos EUA
O presidente da Agência Mundial Antidoping (WADA), Witold Banka, lamentou nesta quinta-feira (25) as relações "muito difíceis" com o chefe da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), Travis Tygart, em meio ao conflito pelo caso de nadadores chineses que testaram positivo em 2021 e não foram punidos.
Na quarta-feira, Tygart considerou "impactante" o fato de o Comitê Olímpico Internacional (COI) ter escolhido Salt Lake City como sede dos Jogos de Inverno de 2034 incluindo uma cláusula de anulação que exige que os americanos respeitem "totalmente" a autoridade da WADA.
"É impactante ver o COI ceder às ameaças, em um aparente esforço para calar aqueles que buscam respostas", disse o presidente da USADA em comunicado.
Perguntado em entrevista coletiva nesta quinta-feira em Paris sobre suas relações com Travis Tygart, Witold Banka afirmou que estas eram "muito difíceis", lembrando que conversou com o dirigente americano "várias vezes", especialmente "no início de sua presidência".
Banka considera que as "palavras difamatórias e as acusações" de Tygart contra a WADA, que considera "totalmente contrárias aos princípios de uma parceria", geram uma situação "tensa".
Travis Tygart afirmou na quarta-feira que estava "mais claro do que nunca" que a WADA "violou as regras" no caso dos nadadores chineses.
Um investigador independente encarregado de analisar o caso por parte da WADA concluiu no início de julho que a organização mundial antidoping "não favoreceu" à China.
A justiça americana abriu uma investigação criminal contra a gestão deste caso pela WADA, amparada pela "lei Rodchenkov", pela qual os Estados Unidos se atribuem desde o fim de 2020 uma competência extraterritorial no tema do doping.
A.Kenny--MP