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EUA diz que sua fronteira sul 'não ficará aberta' após fim de restrição sanitária
EUA diz que sua fronteira sul 'não ficará aberta' após fim de restrição sanitária / foto: HERIKA MARTINEZ - AE/AFP/Arquivos

EUA diz que sua fronteira sul 'não ficará aberta' após fim de restrição sanitária

A fronteira dos Estados Unidos com o México "não ficará aberta" na próxima semana quando terminam as restrições sanitárias impostas na era Donald Trump, assegurou Washington nesta sexta-feira (5).

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Durante uma visita à cidade fronteiriça de Brownsville, no Texas, o secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, disse que foram tomadas medidas para evitar que o sistema fique sobrecarregado com o aumento maciço da chegada de migrantes quando a norma chamada Título 42 expirar na quinta-feira.

"Estamos construindo vias legais que abrirão um caminho seguro e ordenado para que as pessoas que reúnam os requisitos para receber ajuda em virtude da legislação americana cheguem aos Estados Unidos de forma segura", disse Mayorkas em declarações à imprensa.

"Ao mesmo tempo, aqueles que chegarem à fronteira sul terrestre de forma irregular vão enfrentar consequências", acrescentou.

"A mensagem é muito clara. Ajudaremos quem precisar, de acordo com o estabelecido em nosso marco legal. A fronteira não está aberta, não esteve aberta e não estará aberta em 11 de maio".

O Título 42, cuja aplicação expira em 11 de maio, é uma medida sanitária imposta por Trump para cortar o fluxo migratório durante a pandemia que se tornou uma restrição fronteiriça de fato, questionada por especialistas por considerar que contraria o direito ao pedido de asilo nos Estados Unidos.

O governo do presidente democrata, Joe Biden, está sob pressão, pois o Partido Republicano afirma que, mesmo com a medida, a fronteira está fora de controle.

"O 11 de maio é um pesadelo para os americanos", disse o senador conservador Lindsey Graham esta semana.

"Nos próximos 90 dias, vocês vão ver entre 900.000 e 1,1 milhão" de migrantes cruzando a fronteira, assegurou Graham. Os Estados Unidos "estão sob ameaça", acrescentou.

As estatísticas do Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça dos Estados Unidos mostram que, em março, o último mês disponível, autoridades registraram 192.000 encontros com migrantes na fronteira sul.

O número não se traduz em quantidade de migrantes, pois uma mesma pessoa pode tentar cruzar várias vezes e ser devolvida de imediato devido ao estabelecido no Título 42.

Biden anunciou nesta terça que enviará outros 1.500 soldados para reforçar a segurança na fronteira de 3.145 km compartilhada por México e Estados Unidos, que já conta com a presença de 2.500 militares.

E.Schmitt--MP