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Parente de Macron é agredido na França durante panelaço contra a reforma da Previdência
Parente de Macron é agredido na França durante panelaço contra a reforma da Previdência / foto: Denis Charlet - AFP/Arquivos

Parente de Macron é agredido na França durante panelaço contra a reforma da Previdência

Oito pessoas foram presas na noite desta segunda-feira (15) por agredir o sobrinho-neto da esposa do presidente francês, Emmanuel Macron, durante uma manifestação contra a reforma da Previdência, segundo uma fonte policial e seu pai.

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Jean-Baptiste Trogneux, um parente de 30 anos de Brigitte Macron, foi atacado em Amiens, cerca de 115 quilômetros ao norte de Paris, por um grupo que participava de um panelaço por ocasião de uma entrevista de Macron no canal TF1.

Os agressores o atingiram na cabeça, nos braços e nas pernas e insultaram o "presidente, sua esposa e nossa família" antes de fugirem quando três moradores intervieram, disse à AFP seu pai, Jean-Alexandre Trogneux.

"Um limite foi ultrapassado, estou consternado", acrescentou o pai, especificando que o filho, gerente da loja de chocolates da família, está "em observação" e que seis homens e duas mulheres foram detidos.

Em comunicado enviado à AFP, Brigitte Macron denunciou "a covardia, estupidez e violência" dos agressores. "Eu denunciei várias vezes essa violência que só pode levar a coisas piores", acrescentou.

A classe política, da esquerda à direita, também denunciou o ocorrido. "Bater no sobrinho-neto de um político, com o intuito de prejudicá-lo, é um ato covarde", enfatizou o deputado esquerdista Alexis Corbière.

A França vive protestos desde janeiro contra uma reforma da Previdência que atrasa a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos para 2030 e aumenta a contribuição necessária para uma aposentadoria completa para 43 anos a partir de 2027.

A tensão contra essa medida aumentou em março, quando Macron a adotou por decreto apesar da rejeição da maioria. Agora, o presidente francês busca virar a página com outros projetos enquanto aguarda a entrada em vigor, a partir de setembro.

Jean-Alexandre Trogneux lamentou que desde a chegada de Macron ao poder, em 2017, os protestos contra sua política foram acompanhados por ataques à rede de chocolaterias da família da esposa do presidente, no norte da França.

As denúncias de violência física ou verbal contra líderes políticos aumentaram 32% em 2022, quando o país realizou eleições presidenciais e parlamentares, segundo o Ministério do Interior.

Na última semana, Yannick Morez renunciou ao cargo de prefeito da cidade de Saint-Brevin-les-Pins, no oeste, depois que sua casa foi incendiada em março, em um contexto de protestos de extrema-direita contra um centro de recepção de migrantes.

Y.Hube--MP