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Primeiro-ministro armênio diz que aceitou reunião com líder do Azerbaijão
Primeiro-ministro armênio diz que aceitou reunião com líder do Azerbaijão / foto: Karen Minasyan - AFP/Arquivos

Primeiro-ministro armênio diz que aceitou reunião com líder do Azerbaijão

O primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, disse nesta quinta-feira (18) que aceitou uma proposta russa para se encontrar em Moscou na próxima semana com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev.

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"Recebemos uma proposta da Rússia para realizar uma reunião trilateral de mais alto nível com a mediação do presidente russo em 25 de maio. Aceitamos a proposta", disse Pashinyan em uma reunião de gabinete em Yerevan.

O presidente do Azerbaijão ainda não confirmou sua presença.

O anúncio acontece um dia antes da reunião dos ministros das Relações Exteriores da Armênia e do Azerbaijão na sexta-feira em Moscou, com o objetivo de organizar negociações de paz.

As tensões aumentaram recentemente entre os dois países, que estão em divergência há três décadas pelo controle de Nagorno-Karabakh, um enclave habitado em sua maioria por armênios, que se separou de Baku com a ajuda de Yerevan.

As duas ex-repúblicas soviéticas travaram duas guerras em pouco mais de 30 anos. A última, em 2020, resultou em uma vitória esmagadora para o Azerbaijão, que recuperou vastos territórios dentro e ao redor de Nagorno-Karabakh.

Os confrontos acontecem com frequência neste enclave e na fronteira entre os dois países, apesar de um cessar-fogo mediado por Moscou.

Na quarta-feira, o exército armênio anunciou a morte de um soldado ferido por disparos das forças do Azerbaijão na fronteira. Na semana passada, um militar armênio e outro do Azerbaijão morreram em outros confrontos na fronteira.

Os esforços internacionais para acalmar a situação se intensificaram nas últimas semanas.

No início de maio aconteceram quatro dias de negociações entre as delegações da Armênia e do Azerbaijão com mediação dos Estados Unidos, em Washington. No último domingo, Aliev e Pashinyan se reuniram em Bruxelas para negociar sob os auspícios da União Europeia.

As iniciativas ocidentais são criticadas pela Rússia, que considera o Cáucaso sua área de influência.

A.Kenny--MP