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Blinken pede linhas comunicação abertas com a China
Blinken pede linhas comunicação abertas com a China / foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS, NOEL CELIS - AFP

Blinken pede linhas comunicação abertas com a China

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu nesta quarta-feira (14) ao ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, que as linhas de comunicação permaneçam abertas, antes de um encontro no fim de semana em Pequim.

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Os diplomatas das duas potências conversaram por telefone e, segundo Blinken, abordaram "os esforços para manter os canais de comunicação abertos", embora a China insista que os dois países enfrentam dificuldades crescentes.

Qin Gang afirmou a Blinken que "desde o começo do ano, as relações China-EUA enfrentam novas dificuldades e desafios. Está claro quem é o responsável", afirma o resumo da conversa divulgado pelo ministério chinês das Relações Exteriores.

"A China sempre contemplou e administrou as relações China-EUA de acordo com os princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha apresentados pelo presidente Xi Jinping", acrescentou.

O ministro "explicou a posição solene da China sobre Taiwan", principal ponto de divergência entre as duas potências, assim como sobre "outras preocupações essenciais" de Pequim, de acordo com o resumo.

A China considera Taiwan uma de suas províncias, que pretende recuperar inclusive pela força se necessário.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, declarou em Washington que Blinken destacou "a importância de manter as linhas de comunicação abertas para administrar de maneira responsável a relação EUA-China e para evitar erros de cálculo e conflitos".

- Blinken na China -

A conversa entre os dois chefes da diplomacia aconteceu antes da visita de Blinken à China no próximo domingo (18).

A viagem é parte de uma estratégia estabelecida em novembro na Indonésia entre os presidentes dos dois países, Joe Biden e Xi Jinping, para evitar que a rivalidade entre as duas potências saia de controle.

A visita estava prevista para fevereiro, mas foi cancelada depois que o governo dos Estados Unidos detectou e derrubou o que denunciou como um balão chinês de vigilância que sobrevoava o território do país, acusação negada por Pequim.

Recentemente, no entanto, os dois países tentaram reduzir as tensões com uma série de encontros, incluindo uma reunião entre o conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, e o diplomata chinês de alto escalão Wang Yi em Viena.

Os pontos de conflito entre as duas potências aumentaram nos últimos anos, em particular a respeito de Taiwan.

Além disso, a Casa Branca acusou na semana passada a China de operar há vários anos uma unidade de inteligência em Cuba, que foi reforçada em 2019 para aumentar sua presença na ilha caribenha.

Uma base em Cuba, a 150 quilômetros do extremo sul da Flórida, seria considerada por Washington um desafio direto ao território continental dos Estados Unidos.

Questionado sobre a base, o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou que não tinha conhecimento da situação, mas criticou a política de Washington em relação a Cuba.

P.Mueller--MP