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UE e Chile desenvolverão aliança estratégica para o lítio
UE e Chile desenvolverão aliança estratégica para o lítio / foto: Martin BERNETTI - AFP

UE e Chile desenvolverão aliança estratégica para o lítio

O presidente do Chile, Gabriel Boric, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, concordaram nesta quarta-feira (14) em avançar com uma parceria estratégica em relação ao lítio, elemento fundamental na fabricação de baterias para veículos elétricos.

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"Acordamos trabalhar em uma parceria estratégica nessas matérias-primas sustentáveis (lítio) e em toda a cadeia de valor. Vamos trabalhar arduamente para assinar um acordo de entendimento em breve, unindo esforços", disse Von der Leyen, durante sua visita ao Chile, após se reunir com Boric.

O Chile é responsável por 34% da produção mundial de lítio e estima-se que possua 36% das reservas do planeta.

O lítio é fundamental para o objetivo de vários países de se afastarem dos combustíveis fósseis diante da crise climática, por meio do uso de veículos elétricos cujas baterias são fabricadas com base nesse metal.

No final de abril, o presidente Boric apresentou a Estratégia Nacional do Lítio, que confere ao Estado uma presença em toda a cadeia produtiva, incluindo parcerias público-privadas.

"Vemos a União Europeia como um aliado estratégico nessa questão", destacou Boric.

A chefe do executivo da UE afirmou que o bloco busca "um parceiro que pense de forma semelhante e seja confiável para o desenvolvimento dessa matéria-prima".

Von der Leyen, que já visitou o Brasil e a Argentina durante seu giro pela América Latina, que também a levará ao México, assinou na terça-feira, em Buenos Aires, um memorando de entendimento sobre matérias-primas, incluindo o lítio, cuja demanda na Europa "crescerá 12 vezes até 2030", segundo afirmou.

Argentina, Bolívia e Chile formam o chamado "triângulo do lítio", detendo quase 65% das reservas mundiais.

Boric e Von der Leyen expressaram a expectativa de assinar, antes do final do ano, um Acordo Marco Avançado de parceria entre Chile e UE.

A UE é o principal bloco investidor estrangeiro no Chile, representando 26% do investimento estrangeiro direto no país.

Durante sua passagem por Santiago, Chile e UE também assinaram dois acordos de cooperação para o desenvolvimento da indústria do hidrogênio verde.

Trata-se de um programa de assistência técnica e uma iniciativa conjunta para o financiamento de projetos de produção e uso de hidrogênio verde.

J.P.Hofmann--MP