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Blinken vê 'esperança real' para reféns em Gaza após conversas em Paris
Blinken vê 'esperança real' para reféns em Gaza após conversas em Paris / foto: Mandel NGAN - AFP

Blinken vê 'esperança real' para reféns em Gaza após conversas em Paris

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse nesta segunda-feira (29) que tem "esperança real" em relação a um eventual acordo para deter os combates em Gaza em troca da libertação de reféns, após os diálogos de domingo em Paris, com mediação do Catar.

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"Foi realizado um trabalho bastante produtivo e importante. E há uma esperança real para o futuro", disse Blinken em entrevista coletiva após as negociações entre funcionários americanos, israelenses, egípcios e cataris.

"O Hamas terá que tomar suas próprias decisões. O que posso dizer é que há um forte alinhamento entre os países envolvidos de que se trata de uma boa proposta, forte", acrescentou Blinken.

O secretário de Estado americano também falou nesta segunda sobre a polêmica envolvendo a agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) na Faixa de Gaza.

Na sexta-feira, os Estados Unidos, principais financiadores dessa agência, anunciaram que suspenderiam suas contribuições depois que Israel acusou vários de seus funcionários de participação no ataque de 7 de outubro contra o território israelense, o que provocou uma reposta arrasadora das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

Blinken instou hoje a UNRWA a abordar essas acusações, mas destacou que seu trabalho na Faixa de Gaza é "indispensável".

O funcionário americano classificou as acusações de "muito preocupantes" e acrescentou que os Estados Unidos estarão atentos para "garantir que isto seja investigado completa e exaustivamente, que haja uma clara prestação de contas".

"Ao mesmo tempo", indicou, "a UNRWA tem desempenhado e segue desempenhando um papel absolutamente indispensável para tentar garantir que os homens, as mulheres e as crianças que tão desesperadamente precisam de ajuda em Gaza realmente a recebam".

"Ninguém mais pode desempenhar o papel que a UNRWA esteve desempenhando, certamente não no curto prazo. Ninguém tem o alcance, a capacidade, e a estrutura para fazer o que a UNRWA vem fazendo", frisou.

"Do nosso ponto de vista, é importante, mais do que importante, é imperativo que esse papel continue."

"Isto apenas destaca a importância de que a UNRWA aborde esta questão o mais rápida, eficaz e exaustivamente possível", acrescentou.

A UNRWA afirma que agiu com prontidão diante das acusações, mas que os cortes no financiamento afetarão os palestinos comuns.

A agência da ONU está há muito tempo na mira de Israel, que a acusa de atuar sistematicamente contra os interesses israelenses.

O.Wagner--MP