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Maduro acusa principal rival nas presidenciais de planejar golpe de Estado
Maduro acusa principal rival nas presidenciais de planejar golpe de Estado / foto: Gabriela Oraa - AFP

Maduro acusa principal rival nas presidenciais de planejar golpe de Estado

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em campanha para um terceiro mandato, acusou nesta sexta-feira (21) o seu principal rival nas eleições de 28 de julho de planejar um suposto golpe de Estado, depois de este se recusar a assinar um acordo proposto pelo chavismo para respeitar os resultados eleitorais.

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“Ontem assinamos um acordo de paz na Venezuela, por respeito aos resultados eleitorais, por respeito ao árbitro, de 10 candidatos assinamos oito”, disse Maduro a seus apoiadores em Maturín (leste).

"Os dois fantoches da oligarquia deixaram de assinar. Por que acham que não assinaram o acordo para respeitar o CNE e os resultados? Porque pretendem gritar fraude, porque pretendem trazer (...) o golpe de Estado", afirmou.

Sem citar nomes, Maduro se referiu a Edmundo González, candidato da principal coligação opositora do país, que qualificou o acordo assinado no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), pró-governo, de “imposição unilateral”.

González, um diplomata de 74 anos, é o representante da Plataforma Unitária, após a desqualificação da líder María Corina Machado, que venceu as primárias da oposição realizadas em outubro passado.

O reconhecimento dos resultados já fazia parte do acordo assinado em 2023 entre o governo e a oposição em Barbados, com a mediação da Noruega e a participação dos Estados Unidos, disse González em comunicado.

O outro que não assinou foi Enrique Márquez, ex-reitor da CNE, candidato independente e considerado uma opção “sobressalente” caso González seja afastado da disputa em meio a uma perseguição que totaliza 38 ativistas presos, segundo denuncia a oposição.

Esse acordo "foi proposto pelo Presidente Maduro. Não é uma ideia original do Sr. (Elvis) Amoroso (presidente da CNE), é um documento que Miraflores produziu, é para nós unilateral e inválido", afirmou Márquez nesta sexta-feira.

Maduro os repreendeu por se recusarem a assinar o documento que surgiu após a proposta de vários líderes chavistas, incluindo o próprio presidente.

"Por que assinei? Porque se me inscrevi tenho que respeitar o árbitro. Segundo, porque quero a paz e o melhor para a Venezuela, e terceiro, mas não conte a ninguém, porque sei que vamos vencer por por surra, por nocaute”, garantiu Maduro a seus seguidores.

Além do presidente, os únicos que assinaram foram sete candidatos sem peso nas pesquisas e acusados pela oposição de serem colaboradores do governo.

Embora a campanha eleitoral comece oficialmente em 4 de julho, tanto Maduro como Machado – a alma da mobilização da oposição – lideram comícios há meses em todo o país.

M.Schulz--MP