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Votação da nova Comissão Europeia evidencia divisão entre eurodeputados
Votação da nova Comissão Europeia evidencia divisão entre eurodeputados / foto: FREDERICK FLORIN - AFP

Votação da nova Comissão Europeia evidencia divisão entre eurodeputados

A votação que aprovou, nesta quarta-feira (27), a nova Comissão Europeia, presidida pela alemã Ursula von der Leyen, deixou em evidência uma notória divisão nos principais blocos políticos no Parlamento Europeu.

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A Comissão foi aprovada por 370 votos a favor, 282 contra e 36 abstenções, sendo a primeira vez desde 1995 que a equipe no comando do poder Executivo da UE obteve menos de 400 votos para sua aprovação.

A diferença de 88 votos foi o resultado mais apertado verificado nestas eleições desde 1995, quando a Comissão, presidida pelo social-cristão luxemburguês Jacques Santer foi aprovada por 417 a 104 votos, com 59 abstenções.

A votação desta quarta-feira foi possível porque os blocos do Partido Popular Europeu (PPE, direita), do S&D (centro esquerda) e Renew (liberais de centro) selaram um acordo e desativaram um bloqueio político que ameaçou todo o processo.

O processo havia sido bloqueado pelas objeções do S&D e do Renew à designação do italiano Rafaelle Fitto, do partido ultradireitista Irmãos da Itália, como um dos vice-presidentes da Comissão.

Em contrapartida, o PPE foi contrário à designação da socialista espanhola Teresa Ribera como primeira-vice-presidente, e desta forma todo o processo ficou em ponto morto.

O acordo entre os três blocos permitiu a remoção das objeções, mas não curou as feridas.

Nesta quarta, cerca de 20 legisladores social-democratas não acataram a diretriz de aprovar a nova Comissão e preferiram votar contra, em protesto contra a presença de Fitto como um dos vice-presidentes.

O mesmo ocorreu entre os Verdes, com 30 votando a favor e outros 19, contra. Houve seis abstenções.

No bloco do PPE também houve muitos votos contrários, em sua maioria dos legisladores do Partido Popular (PP) espanhol, em protesto contra a nomeação de Ribera.

Enquanto isso, o bloco de extrema direita Conservadores e Reformistas (ECR, ao qual pertence o partido de Fitto) votou majoritariamente contra, embora os legisladores italianos desta bancada tenham votado a favor.

I.Frank--MP