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Lula diz que está 'firme e forte' após cirurgia na cabeça
Lula diz que está 'firme e forte' após cirurgia na cabeça / foto: Ricardo STUCKERT - Brazilian Presidency/AFP

Lula diz que está 'firme e forte' após cirurgia na cabeça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta sexta-feira (13), que está "firme e forte", em uma mensagem nas redes sociais acompanhada de um vídeo em que aparece caminhando e sorrindo, após a cirurgia de emergência à qual foi submetido na terça-feira para drenar uma hemorragia intracraniana.

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Estas foram as primeiras imagens públicas de Lula, de 79 anos, desde a segunda-feira, quando médicos detectaram a hemorragia perto do cérebro, resultante de uma queda sofrida há quase dois meses, quando bateu a cabeça em um acidente doméstico no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, em Brasília.

Na terça-feira, um dia depois de ser transferido para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde segue internado, foi operado com sucesso para evitar que o hematoma decorrente do impacto comprimisse o cérebro. Dois dias depois, foi submetido a uma intervenção complementar para minimizar o risco de novos sangramentos. Sua equipe médica afirma que ele se recupera bem.

"Peço que fiquem tranquilos. Estou firme e forte!", escreveu o presidente na mensagem desta sexta, que acompanha o vídeo, no qual agradeceu "por cada oração e palavra de conforto" recebidas.

Ele também disse que "em breve" estará "pronto para voltar para casa e seguir trabalhando e cuidando de cada família brasileira".

No vídeo, é possível ver Lula com um curativo na cabeça, vestindo roupa esportiva e tênis, conversando e rindo enquanto caminha ao lado do neurocirurgião Marcos Stavale.

O presidente "está neurologicamente perfeito, está ótimo", havia dito Stavale em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, após a intervenção complementar à cirurgia.

- Imagem de "tranquilidade" -

A primeira-dama, Rosângela 'Janja' da Silva, muito ativa nas comunicações presidenciais, publicou no Instagram duas fotos do casal sorrindo no Hospital Sírio-Libanês.

"Hoje o dia foi de muita emoção, alegria e de gratidão por caminhar ao seu lado. Tenho certeza que essa imagem também levou tranquilidade para todos que tanto se preocupam e tem carinho pelo presidente" escreveu Janja no texto que acompanha as imagens.

Lula, que se aproxima da metade de seu mandato e a dois anos das eleições presidenciais, passou a receber, nesta sexta-feira, "cuidados semi-intensivos", informou o hospital em um boletim médico.

Uma fonte da Presidência explicou à AFP que o presidente seguirá no mesmo quarto onde está, mas com um monitoramento "intervalado" e não sob controle permanente, como quando estava na terapia intensiva desde a terça-feira.

Espera-se que Lula tenha alta na segunda ou terça-feira próximas e retorne a Brasília, onde precisará de "repouso relativo por algumas semanas", segundo os médicos.

- "No exercício" do poder -

Em sua postagem mais cedo, o presidente deu sinais de que não pretende reduzir seu ritmo intenso no próximo ano: "2025 está chegando e temos muitos encontros pelo Brasil e pelo mundo".

Apesar de continuar hospitalizado, Lula "está no exercício permanente da atividade da presidência da República", afirmou na quinta-feira o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

A hemorragia que resultou em sua internação foi provocada por um acidente doméstico ocorrido em 19 de outubro, quando o presidente sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada e bateu com a parte de trás da cabeça.

Por causa da queda, ele precisou de sutura e passou por avaliações periódicas durante várias semanas.

Após o acidente, Lula cancelou uma viagem à Rússia, onde participaria da cúpula do Brics. No entanto, manteve seus compromissos no Brasil e, em 18 e 19 de novembro cumpriu uma agenda especialmente carregada como anfitrião da cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

O problema de saúde de Lula trouxe novamente à tona a questão de sua sucessão, sem nomes claros para substituí-lo como eventual candidato da esquerda nas eleições presidenciais de 2026.

O presidente disse em novembro que, caso não haja outro candidato, ele estaria "pronto" para concorrer, embora espere que "não seja necessário" e que haja uma "grande renovação política".

L.Sastre--MP