

Lancha com 21 pessoas a bordo, a maioria migrantes venezuelanos, naufraga no Panamá
Uma lancha com 19 migrantes venezuelanos e colombianos e dois tripulantes panamenhos naufragou no Caribe, após partir do Panamá em direção a um porto colombiano, informou, neste sábado (22), a polícia de fronteiras responsável pelos resgates. Ainda não houve a divulgação de um relatório de vítimas.
Os migrantes estavam retornando do México e de outros países da América Central por essa rota para evitar a perigosa selva do Darién, na fronteira com a Colômbia, após não conseguirem entrar nos Estados Unidos devido às severas políticas de deportação impostas pelo presidente americano, Donald Trump.
A pequena embarcação naufragou na noite de sexta-feira em águas caribenhas da comarca indígena de Guna Yala, no nordeste do Panamá, "devido a fortes ondas causadas pelo mau tempo", explicou o Serviço Nacional de Fronteiras (Senafront) panamenho.
Um colaborador da AFP captou imagens da partida, na sexta-feira, de várias lanchas de um cais rudimentar com dezenas de migrantes a bordo.
"O que mais poderíamos fazer [do que] voltar porque não podíamos continuar. Estamos há mais de 15 dias nesse sufoco, dando a volta do México até aqui e tirando dinheiro de onde não tem", disse, no Puerto de Cartí, um migrante venezuelano que preferiu não se identificar.
O Senafront assegurou que, "em coordenação com a comunidade, continuam as buscas e resgates para localizar todas as pessoas e determinar seu estado".
As autoridades não haviam reportado vítimas fatais nem feridos até a tarde deste sábado.
Após a chegada de Trump à Casa Branca em 20 de janeiro, centenas de migrantes sul-americanos iniciaram o caminho de volta para casa, passando por abrigos em vários países, em trechos a pé, de ônibus ou em lanchas.
B.Fuchs--MP