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Papa Francisco, ainda em 'estado crítico', apresenta 'leve melhora'
Papa Francisco, ainda em 'estado crítico', apresenta 'leve melhora' / foto: Alberto PIZZOLI - AFP

Papa Francisco, ainda em 'estado crítico', apresenta 'leve melhora'

O papa Francisco, hospitalizado devido a uma pneumonia bilateral, continua em estado crítico, mas apresenta uma "leve melhora", anunciou o Vaticano na noite desta segunda-feira (24), enquanto cresce a preocupação com o pontífice argentino de 88 anos.

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"A condição clínica do Santo Padre, embora continue crítica, registrou uma leve melhora. Hoje não houve episódios de crise respiratória asmática; alguns exames laboratoriais apresentaram melhora", indicou um comunicado da Santa Sé, no décimo primeiro dia de sua hospitalização, a mais longa desde sua eleição em 2013.

A "insuficiência renal leve" que ele apresenta desde domingo "não é preocupante", esclareceu o comunicado.

O papa retomou até mesmo algumas de suas atividades e telefonou para o "padre da paróquia de Gaza para expressar seu apoio", como tem feito frequentemente desde o início da ofensiva militar israelense no território palestino há mais de um ano.

Uma fonte vaticana afirmou mais cedo nesta segunda-feira que Francisco conseguia se levantar e comer normalmente, não sentia dor e seu estado de ânimo seguia "bom".

O estado de saúde do líder da Igreja Católica, hospitalizado desde 14 de fevereiro, piorou no sábado com "um ataque asmático prolongado que exigiu oxigênio de alto fluxo", além de problemas hematológicos que exigiram "a administração de uma transfusão de sangue".

A equipe médica afirmou nestes últimos dias que o papa não estava "fora de perigo".

Abele Donati, diretor da unidade de anestesia e terapia intensiva do Hospital Universitário das Marcas, declarou nesta segunda-feira ao jornal italiano Corriere della Sera que a insuficiência renal "poderia indicar a presença de sepse em fase inicial".

"É a resposta do organismo a uma infecção em curso, neste caso dos dois pulmões", explicou.

- Orações em todo o mundo -

No domingo, fiéis voltaram a se reunir para depositar flores em frente ao hospital Gemelli, em Roma, onde Francisco está sendo tratado em uma ala especialmente equipado no décimo andar, que inclui uma pequena capela, onde ele participou da missa dominical.

Em Roma e no restante do mundo, especialmente na América Latina, foram organizadas numerosas orações pela saúde do papa.

Muitos líderes religiosos e políticos também declararam que estavam rezando por ele.

Na segunda-feira à noite, às 21h00 (17h00 em Brasília), foi realizada uma oração pelo papa e pelos doentes na Praça de São Pedro, conduzida pelo Secretário de Estado e número dois da Santa Sé, o cardeal italiano Pietro Parolin.

"Rezarmos juntos é a ideia de comunhão, estarmos unidos neste momento importante, de incerteza", declarou à AFP Christophe Gosselin, sacerdote encarregado da pastoral juvenil de São Luís dos Franceses, em Roma, que convidou os fiéis a participarem de uma procissão com velas.

"Essa notícia é uma surpresa. Estamos surpresos, preocupados e, ao mesmo tempo, confiamos nas equipes médicas", acrescentou.

As redes sociais também foram inundadas por mensagens de pessoas afirmando que rezam por Francisco. Algumas acompanharam os posts com uma famosa foto do bispo de Roma sozinho na Praça de São Pedro durante a pandemia de covid-19.

O jesuíta argentino foi internado há onze dias com bronquite, que evoluiu para uma pneumonia bilateral, uma infecção do tecido pulmonar potencialmente fatal.

Esta internação, a quarta desde 2021, gerou grande preocupação com a saúde do papa, já debilitado por uma série de problemas nos últimos anos, desde cirurgias no cólon e no abdômen até dificuldades para caminhar.

Também intensificaram os rumores sobre uma possível renúncia do papa, que, no entanto, garantiu em diversas ocasiões que esse momento ainda não chegou.

"O papa está vivo e este é o momento de rezar, não de pensar em quem será seu sucessor", afirmou ao jornal Corriere della Sera o cardeal conservador alemão Gerhard Ludwig Müller, um de seus opositores mais ferrenhos.

A.Kenny--MP